quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Soneto de Fim de Ano


Soneto de Fim de Ano

O tempo passa mesmo
O tempo não recua
O tempo não anda a esmo
E não faz curva

O tempo é o bem que temos
O tempo é o mal que perdemos
O tempo nunca vai retornar
Mas ainda temos algum pra gastar

É preciso responder à sábia pergunta:
O que faremos do tempo que ainda não usamos?
Porque a vida e o tempo fazem permuta

Assim, o tempo será teu amigo
Porque nele nós sempre nos movemos
Único companheiro sempre contigo

Carlos Carvalho

Dezembro de 2015
www.carloskcarvalho.blogspot.com

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

A vida me ensinou... (Charles Chaplin)


A vida me ensinou...

A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;

Sorrir às pessoas que não gostam de mim,

Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;

Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;

Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.

Afinal eu posso ser sempre melhor.

A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.

A ser forte quando os que amo estão com problemas;

Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;

Ouvir a todos que só precisam desabafar;

Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;

Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;

Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;

A alegrar a quem precisa;

A pedir perdão;

A sonhar acordado;

A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);

A aproveitar cada instante de felicidade;

A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;

Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;

A ver o encanto do pôr-do-sol;

A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;

A abrir minhas janelas para o amor;

A não temer o futuro;

Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

Charles Chaplin (1889 – 1977)